25 janeiro, 2010

I don't wanna know, so please, be quiet



Além disso, sou terrivelmente instável e entender as minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesmo consigo (Caio F.)



Baby fecha esta porta e saia daqui... Não, não passe a mão na minha cabeça, estou cheia de conselhos e palavras amigáveis... Não por favor, não abra estas cortinas eu quero ficar aqui no silêncio, no escuro. E pouco me importa que já são duas da tarde, e daí?
O tempo é só uma convenção nossa, aqui é tarde, do outro lado do planeta já é madrugada... E por que eu estou falando disto já? Pouco me importa, meu bem, me faz um favor? Já que tu insiste em não me deixar só, me passa essa garrafa ai atrás de você, não, não precisa de copos, nem taças, a garrafa mesmo, eu quero é a garrafa... Isso, muito obrigada. Senta vai, não fique aí de pé me olhando deste jeito, estes seus braços cruzados, que olhar é este?
Ah, a cena de ontem na varanda? Não era nada, já disse, para mim não era nada, já te disse.
Baby, você me pergunta o que eu estou fazendo e eu digo: não sei. Talvez esteja tentando acabar com a minha alma, meus feelings, não sei, não sei... Afinal, pra que tudo isto presta? Pra nada, só pra machucar. Olha de novo eu aqui falando bobagens. Onde estão meus comprimidos? Minhas aspirinas, onde estão minhas aspirinas? Preciso dormir, essa dor me mata, preciso encontrá-las antes que o conhaque acabe. Se hoje causo amor, amanha causo dor. Sou puro simulacro, sensivelmente insensível eu sou. Agora, baby, eu preciso dormir, por favor. Não me diga nada, não quero ouvir, só deixe-me dormir, ok?

Um comentário:

  1. adorei a parte da garrafa
    sem copos,sem taças
    bem anos 80 auhaeiuea \o/

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